ONTEM, NA CÂMARA DE VEREADORES DE POTIRAGUÁ
Ontem, dia 26/03/2009, a sessão no Legislativo foi eclética. Teve um pouco de quase tudo. Mas o que se tornou mais importante, foi à presença e participação da Secretária Municipal de Saúde que, segundo o Presidente da Casa, foi um episódio voluntário da cuja.
A sociedade potiraguense anda reclamando de várias ocorrências e consideram por descaso o que ela considera por falta de atitude do governo atual. Os munícipes andam indagando por si mesmo sobre questões lentas e não executadas no que se refere à saúde. E o que mais se lamentam é sobre a questão do Programa de Combate à Dengue,” aedes aegypit”. Porque demorou tanto?
Outro fato considerado pela sociedade, principalmente a do Distrito de Itaimbé, é a questão da falta de um médico com moradia no distrito, que possibilitaria o atendimento aos pacientes a qualquer momento, como é de costume. Haja vista que, na gestão de Dr. Olyntho, anterior a Salvador Brito, a saúde de Itaimbé foi um referência na região, bem como a da sede.
Eis a questão em pauta:
O que há?
Abordamos o assunto em todas as esquinas. Tratamos tudo isso como mera explicação incógnita, quer dizer: não há quem explique. E, sendo assim, nos aprofundamos em críticas sem controle e sem o conhecimento de fato, o qual proporciona inspiração até mesmo para quem prefere se mergulhar numa ignorância de abuso de poder se manifestar como o fantasma da notícia.
Bem, tudo isso se trata de uma manifestação popular, mesmo que seja tão pacata e singela, meiga, sem direção e sem juízo.
A atitude da Secretária de Saúde, voluntária ou não, foi de elevada consideração mediante a situação. A sua participação na Tribuna do Legislativo trouxe ao povo um pouco de explicação e esclarecimento. Ela: uma bem treinada e foi até elogiada. Pena que não nos conhece! Mas é isso ai. O povo ficou sabendo um pouco.
Conclusões:
Referente à demora da inclusão do município no Programa de Combate à Dengue, ela disse que não atribui à 14ª DIRES e nem ao poder executivo, e os candidatos a agentes do controle teriam que ser treinados e avaliados, um dos motivos. “A demissão ou admissão dos agentes cabe ao poder executivo, segundo as informações da 14ª DIRES”, disse ela.
Quanto ao médico estável para o Distrito de Itaimbé, disse que já tomou providências e jazem as portas. Absurdo foi o ocorrido com um médico que chegou até ficar no município por um dia e ainda deu plantão na maternidade Santa Terezinha, fato contado pelo vereador Joaquim Moreira, ainda na tribuna.
Segundo o vereador, dois funcionários mal intencionados aproveitaram a deixa e levantaram calúnias contra a população de Itaimbé; tal absurdo fez com que o profissional da medicina tomasse uma decisão de desistência e reincidiu-se do acordo.
O vereador Jorge Cheles pediu ao prefeito que abrisse as portas da prefeitura e disse que as portas fechadas se trata de uma falta de respeito à população. “A prefeitura é o principal ponto de apoio da nossa comunidade”, disse ele.
O vereador Manoel Lisboa, pela terceira vez, pediu ao executivo providências a estabelecer segurança pública no Distrito de Itaimbé.
O vereador Carlos José Ferraz, na tribuna, afetuoso ao pedido do vereador Manoel Lisboa, disse que, considerando a situação de Itaimbé, o prefeito eleito não sabe por que veio. Considerou laudável a atitude da Secretária de Saúde e disse que outros secretários deveriam seguir o modelo da mesma.
O vereador Dr. Fernando Azevedo Brito contestou às reclamações do executivo referente às despesas da prefeitura e afirma, conforme provas, que há irregularidades nas colocações do prefeito em relação às finanças do poder público. ”Esse papo de não ter dinheiro nos cofres da prefeitura para efetuar os respectivos pagamentos fixos e outros não é verdadeiro”, palavras do vereador.
O vereador considerou o prefeito omisso, por não tomar providências mínimas necessárias e, ainda em seu discurso, exclamou: O povo não é cifra, o povo não é cifra! Em seguida, infundido pela sua indignação, disse que ele jamais aceitará a omissão.
O líder do executivo no Legislativo (ver. Joaquim Moreira) rebateu as acusações do vereador Fernandinho e mostrou várias irregularidades da gestão anterior. Comentou e apresentou provas de quanto foi o absurdo das locações de carros emitidas por Salvador Alves de Brito (ex- prefeito). E disso todo povo reclamava mesmo (PF). O vereador Nilton Pereira Reis seguiu o raciocínio do vereador Joaquim Moreira e citou outras várias aberrações da gestão anterior, e se apontou indignado com a atitude dos criadores anônimos de tal “TU VIU?”. Afirmou que as medidas jurídicas já foram tomadas na ordem federal e estadual e que já tem, em mãos, nomes de seis integrantes do incógnito fanfarrão.
Antes do encerramento, o vereador Antônio Oliveira sugeriu que a Câmara convidasse o prefeito para fazer esclarecimentos sobre as discussões que estão sempre em pauta. E o vereador Carlos José Ferraz pediu para que a próxima sessão seja realizada no Distrito de Itaimbé, logo teve apoio e aprovação de todos os colegas e o presidente os convocou para o dia 02 de abril.
NOSSA
OPINIÃO: A participação da secretária, com fins informativos e abrangentes, se fizera importante para a Câmara e para os poucos que se encontravam no salão restrito ao público, para outros que preferem a brisa da noite, sentados na praça, bem como nas suas portas, mas não foi determinante para o povo em geral, apesar de que os boatos e
fofocas não são limitados nas esquinas. Fato este, que predomina a falta de informações concretas, porque cada um diz o que quer, cria ou tem a sua interpretação. E como chegará aos ouvidos dos que ali não se encontravam: Os munícipes?
Uma informação mais
coletiva seria a melhor opção para o executivo. Ou quem sabe, usufruir dos únicos meios locais que, apesar da simplicidade, se tornam mais úteis para a comunidade. Falando nisso, não é admissível que um veículo escrito ou virtual sem
respaldo moral, sem ordem, sem escrúpulo e sem identidade se tornara o único meio de informação de uma sociedade tão familiar e provida de inteligência. Mas bem, a Escritura diz: “Se o povo não clamar, as pedras clamarão”.
Enquanto os inteligentes se afastam e brigam, os imbecis unidos estão!
Em relação às portas fechadas da prefeitura, cabe ao prefeito distinguir o que isso significa perante o povo, e abrir ou não compete a ele somente. Mas que é desconfortante para quem está acostumado a encontrá-las sempre abertas, não haveremos de negar.