Após ficar mais de uma hora preso em um engarrafamento de 20
quilômetros na BR-116, na altura do município de Feira de Santana,
devido a obras de recapeamento em um trecho de cerca de 30 metros, na
manhã deste sábado (14), o governador em exercício, Otto Alencar, cobrou
o rompimento do convênio do governo federal, via Agência Nacional dos
Transportes Terrestres (ANTT), com a concessionária Via Bahia.
Secretário de Infraestrutura do Estado, ele comparou a situação nas
rodovias administradas pela empresa à antiga gestão do ferry boat, em
que ele mesmo denunciou a companhia TWB ao Ministério Público e
antecipou o fim do contrato. “Há uma complacência na fiscalização da
ANTT que cheira mal. Eu já teria denunciado a caducidade do contrato há
muito tempo. Não há planejamento algum e capacidade para fazer uma obra
rapidamente sem causar transtornos ao cidadão. A Via Bahia já deu todos
os motivos para ser denunciada: a cratera na BR-324, que daqui a pouco
vai chegar a nove meses de gestação, não concluiu a duplicação das
rodovias, não fez em tempo as obras do anel viário de Feira de
Santana... É intolerável”, protestou. Na sua avaliação, a culpa do
problema é a “centralização do poder” das agências fiscalizadoras no
Distrito Federal, controladas por “gente que tem mandato”. “Elas deviam
ser estaduais. E não é só a ANTT não. Essas agências têm diretores que
vivem em Brasília divorciados da realidade. Eles se elegem pelo voto dos
parlamentares, prometem mundos e fundos, depois sentam na cadeira e
ficam completamente desligados. A antessala dos gabinetes é um ambiente
de traficância”, disparou Otto, em relação à sabatina de aprovação dos
nomes pelo Congresso Nacional. Atualmente, o diretor-geral da ANTT é
Jorge Luiz Macedo Bastos, indicado pelo PMDB de Minas Gerais – foi
assessor do senador Hélio Costa e seu suplente, Wellington Salgado.
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