POLÍTICA NA BAHIA

Chapão provoca ataque de nervos entre aliados do governo baiano.

Biaggio Talento l A TARDE

As negociações entre petistas e republicanos para fechar a aliança na chapa majoritária da candidatura pela reeleição do governador Jaques Wagner (PT) extensiva à disputa proporcional (deputados estadual e federal) está provocando ataque de nervos entre os aliados do governo baiano.

O disse-me-disse dos últimos dias relacionado declarações sobre suposta coligação entre o PSB e PR (que nunca foi proposto por ambas as legendas) nas proporcionais se desdobrou num bate-boca em plenário na sessão de ontem da Assembleia Legislativa, entre os deputados Pedro Alcântara (líder do PR) e Capitão Tadeu único representante socialista na Casa.

Alcântara já havia se irritado com declarações da deputada federal Lídice da Mata (PSB) que se posicionou contrária à aliança com o PR e ontem voltou a condenar essa possibilidade afiançando que eram os republicanos que não teriam interesse em se aliar à legenda socialista por se tratar de um partido “nanico”.

Foi o bastante para o Capitão Tadeu pedir três minutos no tempo da bancada governista para responder ao colega que de forma dura. “Não admito que o senhor se dirija ao PSB nesses termos, peço respeito, tenha compostura”, reclamou, passando a alfinetar Alcântara.

“O PSB não muda de lado, continua um partido íntegro”, disse numa alusão à mudança de oposição do colega que já foi líder do antigo PFL na Assembleia Legislativa, tendo apoiado os sucessivos governos pefelistas, mas mudou de posição, aderindo ao atual governador Wagner.

Para Tadeu, embora o PSB tenha apenas um deputado estadual, “é gigante e grandioso em estatura moral, não muda de lado”, repetiu, alegando ter tratado o senador César Borges (PR) com respeito, embora não o aceite como aliado. Justificou que os socialistas não vão se coligar com os republicanos pois o PSB entende que perderia com a aliança.